
Farmacologia do sistema nervoso central
O estudo da Farmacologia do Sistema Nervoso Central (SNC) é essencial para compreender os mecanismos de ação dos fármacos que modulam a atividade neuronal. Este material aborda: Neurotransmissores excitatórios e inibitórios: glutamato, GABA e glicina. Neuromoduladores centrais: serotonina, dopamina e noradrenalina. Catecolaminas e cortisol: papel fisiológico e implicações clínicas. Farmacocinética e farmacodinâmica: metabolismo de primeira passagem, fases I e II da biotransformação. Fármacos antidepressivos: tricíclicos (amitriptilina, imipramina) e inibidores seletivos da recaptação de serotonina (citalopram, fluoxetina). ⚡ Objetivo: oferecer ao estudante de ensino superior uma visão integrada dos aspectos moleculares, fisiológicos e terapêuticos da farmacologia do SNC, promovendo a articulação entre teoria e prática clínica.
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Os antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina, atuam principalmente por:
Bloquear a recaptação de serotonina e noradrenalina, aumentando a disponibilidade sináptica.
Aumentar seletivamente a recaptação de serotonina.
Inibir a liberação de glicina na medula espinhal.
Ativar diretamente receptores dopaminérgicos mesolímbicos.
2
Entre os efeitos adversos mais frequentes da amitriptilina estão:
Estimulação direta do córtex pré-frontal.
Supressão seletiva da atividade glutamatérgica.
Exclusivamente excitação psicomotora e insônia.
Sedação, boca seca, constipação e hipotensão ortostática, devido a bloqueios colinérgicos e adrenérgicos.
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A imipramina foi um dos primeiros antidepressivos utilizados clinicamente. Seu mecanismo fundamental é:
Inibição da recaptação de noradrenalina e serotonina.
Estimulação direta de receptores GABA-A.
Supressão da síntese de catecolaminas.
Ativação dos receptores NMDA.
4
Um efeito colateral marcante da imipramina é:
Hipotermia profunda associada à hipoatividade dopaminérgica.
Excitação seletiva do sistema colinérgico.
Estímulo da síntese de cortisol no córtex adrenal.
Risco de arritmias cardíacas, devido ao bloqueio dos canais de sódio.
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Os ISRS, como o citalopram, atuam por:
Estimular receptores GABA-B.
Aumentar a recaptação de serotonina, reduzindo níveis sinápticos.
Bloquear simultaneamente a recaptação de serotonina e noradrenalina.
Inibir seletivamente a recaptação de serotonina, elevando sua concentração na fenda sináptica.
6
Entre as vantagens clínicas do citalopram em comparação aos tricíclicos está:
Menor perfil de efeitos colaterais anticolinérgicos e cardiovasculares.
Maior risco de toxicidade em overdose.
Exclusiva ação dopaminérgica em vias mesolímbicas.
Supressão completa da atividade serotoninérgica.
7
A fluoxetina foi o primeiro ISRS amplamente difundido. Seu impacto terapêutico está associado a:
Estímulo do receptor NMDA.
Inibição da síntese de dopamina no corpo estriado.
Estímulo do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.
Melhora dos sintomas depressivos por aumento sustentado da serotonina sináptica.
8
Um efeito adverso comum da fluoxetina é:
Disfunção sexual, devido à alteração da neurotransmissão serotoninérgica.
Hipotensão grave mediada por receptores adrenérgicos.
Supressão da atividade colinérgica cortical.
Estimulação da síntese de catecolaminas.
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Uma diferença farmacocinética relevante entre tricíclicos e ISRS é que:
Os tricíclicos possuem meia-vida mais curta que todos os ISRS.
Os ISRS não sofrem metabolização hepática.
Os tricíclicos não atravessam a barreira hematoencefálica.
Os ISRS apresentam maior seletividade serotoninérgica, menor risco de overdose e melhor tolerabilidade clínica.
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Na prática clínica, a escolha entre tricíclicos e ISRS deve considerar:
O perfil de segurança, com preferência pelos ISRS em pacientes idosos ou com risco cardiovascular.
A ausência de efeitos colaterais em ambos os grupos.
A eficácia absoluta, superior em todos os casos para tricíclicos.
A exclusividade dos tricíclicos no tratamento de depressão moderada.